domingo, 13 de maio de 2007

Maurício: Faculdade

Desde sempre me indagava: “Será mesmo que preciso fazer faculdade?”. Sempre trabalhei, comecei aos 12 anos e passei por diversas fases e empregos. Comecei com meu pai, ficava atendendo o telefone na loja, trabalhei com informática, lava-rápido, frete, ajudante geral, operário de torno mecânico, webpages, balconista, enfim, passei por algumas experiências profissionais e não acreditava que uma faculdade seria única responsável por um grande cargo, mas sim, o meu esforço faria isso. A maioria dos meus “patrões” não tinha faculdade, por que raios eu iria precisar?
Este sempre foi o meu pensamento infantil até que eu terminei o colegial e tive a chance de poder fazer a faculdade e vejam que ironia, todos os meus amigos estavam estudando para o vestibular, logo, eu também. Estudei, fiz o exame e passei. Maravilha, mas, e agora?

Agora eu estava dominado pela empolgação de fazer novas amizades (vulgo primeiro dia de aula), na faculdade, me informei onde era minha sala e fui até lá. Já no caminho me desesperava pra encontrar algum conhecido e não ficar “marcando” sozinho, mas nem demorou, em instantes já estávamos em uma roda de amigos, todos conhecidos e conhecendo mais pessoas ainda. Passado este primeiro momento incômodo mais do que de pressa vem aquela “banca” de veteranos pra dar os trotes, é uma semana atípica na vida de qualquer um. Em 7 dias, seu círculo de amizades pula de zero para mais de duzentos, e você se pergunta: -Incrível? – não, é real e se servir como conselho para os vestibulandos: Aproveitem esta semana de trotes, será sua única semana de descanso. Para os veteranos: Trote bom é trote inteligente! A baderna é para os ignorantes.

No começo do curso eu estava inundado pela sensação de medo. Medo de errar, medo de não agüentar a pressão, medo de virar zumbi pelas noites em claro fazendo trabalhos. Durante os anos seguintes, as sensações e os medos vão mudando, são vários e a cada semestre aparecem novos medos. Hoje estou no ultimo ano, estou acabando meu curso e o medo que sinto agora me diz que logo eu não estarei mais vivendo isso, esta empolgante fase da vida da maioria dos universitários, a loucura do cotidiano e ritmo de uma faculdade.

Fiz a minha história nesta época e agora, tenho a empolgação do que vem pela frente. Tudo outra vez.

Um comentário:

Anônimo disse...

Maurício, pelo começo, achei que você faria um texto melhor. Parece que você perdeu o fio da meada no meio do caminho. Depois até que terminou bem, mas o "miolo" deixou a desejar. E teve um lance que não entendi. Você aconselhou os "vestibulandos" a aproveitarem a semana de trotes... Ué, se eles estão passando pelos trotes já não são mais vestibulandos, porque imagina-se que foram aprovados no vestibular.