segunda-feira, 16 de abril de 2007

"Estilo" do profissional deve combinar com o da empresa

Na era da qualidade de vida, o tradicional “bom emprego”, com salários, benefícios e perspectivas interessantes, nem sempre faz o profissional feliz. Excesso de amarras formais e falta de espaço para iniciativas pessoais, por exemplo, sufocam funcionários de espírito empreendedor, e companhias muito dinâmicas podem levar trabalhadores metódicos à loucura. É preciso corresponder ao perfil comportamental adequado à empresa ou à vaga ocupada, diz Hélio Terra, diretor-superintendente da Manager Consultoria.

“Por exemplo, o engenheiro de bancada é diferente do desenvolvedor de fornecedores. O primeiro quer ficar trabalhando focado num projeto. O outro usará outras habilidades, como o jeito para o improviso”, aponta Terra. A consultoria criou um teste rápido, disponível em seu site para avaliar os principais traços de personalidade do usuário e sua harmonização com a cultura da companhia. “Usamos os quatro perfis amplamente aceitos como os principais: empreendedor, integrador, produtor e administrador”, diz Terra. Em geral, explica, esses possuem traços de todos os estilos, com predominância de um ou dois tipos.

“É comum as pessoas se acomodaram em seus empregos em vez de buscarem realização

ampla de seus anseios”, acredita o consultor. Mas atributos que num lugar ficam sufocados podem ser diferenciais competitivos em outros. Ao tentar identificar o peso de cada estilo na personalidade do usuário, o questionário pretende ser uma provocação para que o profissional reflita e se lembre de que é preciso gerenciar a carreira o tempo todo. Além disso, avaliando as características da cultura da empresa na qual atua, se o profissional tenta checar seu grau de "conformidade".

Para o integrador, a ênfase é o relacionamento harmônico, a busca do entendimento, mesmo que eventualmente seja necessário "dar um jeitinho" aqui e ali. Ele admite contornar normas e resultados medianos. Não gosta de conflitos, polêmicas nem pressões de trabalho. “É o tradicional vaselina, que geralmente se dá bem em qualquer lugar”, sintetiza Terra. Esse perfil, aponta, costuma se dar bem em áreas como recursos humanos e relações institucionais e é necessário em quase todas as empresas - desde que no posto certo.

Também pode ser eficiente em papéis como os de líderes de departamentos e outras funções que demandam capacidade de negociação. “Pessoas em quem essa característica é dominante costumam ficar desconfortáveis em empresas onde a regra são os processos e rotinas são muito amarrados, formais, burocráticos, pois preferem as relações pessoais”, explica Terra.

O produtor, por sua vez, fica feliz arregaçando as mangas e colocando as coisas para funcionar. Envolve-se com as tarefas técnicas e específicas da função e dedica esforços a elas. Quer ter a sensação de estar fazendo algo de valor. Usualmente não gosta muito de burocracia, regras, formulários e também não gosta de muita conversa.

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